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KAMASUTRA: PROLONGUE O CLIMA

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29_mvg_mul_sexo11Após fazer amor, parceiros que se preocupam genuinamente um com o outro desejarão prolongar a intimidade que só o amor traz, ficando próximos, emocional e fisicamente. Alguns amantes descobrem que tendo acabado de reafirmar um contínuo vínculo íntimo ao fazer sexo, podem então falar mais facilmente de coisas que dizem respeito a ambos como casal e indivíduos.

É importante eles discutirem o que mais apreciam acerca de seu relacionamento sexual, e se sentirem livres para dizerem um ao outro se existe algo que gostariam de mudar na maneira de fazer amor. Alguns casais falam sobre essas coisas enquanto fazem amor, enquanto outros acham mais fáceis fazê-lo depois, quando sabem o que lhes deu prazer e o que os decepcionou. Contudo, freqüentemente um casal quer repetir a dose. Nesse caso, a mulher deve masturbar o parceiro para provocar nova ereção. Se eles não pretendem retomar o ato, mas a mulher não conseguiu um clímax satisfatório, seu amante deve ajudá-la a atingir o orgasmo masturbando-a.

Tópicos Interessantes do Livro:

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Porque os Homens Fazem Sexo e as Mulheres Fazem Amor

De Allan e Barbara Pease

Como você verá, o modo como o cérebro é estruturado e os hormônios que circulam pelo corpo são dois fatores que determinam em grande parte nossa forma de pensar e de agir muito antes de nascermos.

SERÁ QUE TUDO NÃO PASSA DE UMA CONSPIRAÇÃO MASCULINA?

Se homens e mulheres têm direitos iguais, isto é uma questão politica e moral. Se são idênticos, é uma questão cientifica.

Se homens e mulheres têm direitos iguais, isto é uma questão política e moral. Se são idênticos, é uma questão científica.

Desde os anos 60, vários grupos vêm tentando nos convencer a renegar nossa herança biológica. Afirmam que governos, seitas religiosas e sistemas educacionais se aliaram ao objetivo masculino de dominação, reprimindo as mulheres que tentavam se destacar. Um modo ainda mais eficiente de controle seria mantê-las sempre grávidas.

Historicamente, parece certo. Mas aí cabe a pergunta: se homens e mulheres são idênticos, como afirmam esses grupos, por que os homens sempre mantiveram sua dominação? O estudo do funcionamento do cérebro nos fornece muitas respostas. Nós não somos idênticos. Homens e mulheres devem ser iguais no direito à oportunidade de desenvolver plenamente suas potencialidades, mas, definitivamente, não são idênticos nas capacidades inatas. Se homens e mulheres têm direitos iguais, isto é uma questão política e moral. Se são idênticos, é uma questão científica.

Quando afirmamos que as estruturas físicas e mentais de homens e mulheres são diferentes, estamos nos baseando em pesquisas de renomados paleontólogos, etnólogos, psicólogos, biólogos e neurocientistas. As diferenças entre os cérebros de homens e mulheres estão perfeitamente claras, acima de qualquer especulação, preconceito ou dúvida razoável. Ao examinar as diferenças entre os sexos discutidas neste livro, algumas pessoas podem dizer: “Eu não sou assim”, “Eu não faço isso”. É claro que há muitas exceções, mas aqui estamos falando sobre a média, quer dizer, como a maioria dos homens e mulheres age a maior parte do tempo em quase todas as situações. “Média” significa que, se você estiver em uma sala cheia de gente, vai notar que as mulheres são mais baixas e mais miúdas que os homens. Pode ser que haja uma mulher mais alta e corpulenta que todos os homens, mas, em geral, os homens são mais altos e fortes. Segundo o livro Guinness de recordes, a pessoa mais alta e pesada tem sido quase sempre um homem. O ser humano mais alto já encontrado foi Robert Peshing, que media 2,79 metros, sendo que em 1999 a altura máxima foi a de Alan Channa, do Paquistão, com 2,31 metros.


ONDE FICA O SEXO NO CÉREBRO?

O centro do sexo fica no hipotálamo, que é a parte do cérebro que também controla as emoções, as batidas do coração e a pressão sanguinea.

O centro do sexo fica no hipotálamo, que é a parte do cérebro que também controla as emoções, as batidas do coração e a pressão sanguínea.

O centro do sexo fica no hipotálamo, que é a parte do cérebro que também controla as emoções, as batidas do coração e a pressão sanguínea. Tem mais ou menos o tamanho de uma cereja e pesa cerca de 4,5 gramas. É maior nos homens que nas mulheres, nos homossexuais e nos transexuais. É nessa área que os hormônios, principalmente a testosterona, estimulam o desejo por sexo. Se levarmos em conta que o homem tem de 10 a 20 vezes mais testosterona que a mulher e um hipotálamo maior, vamos entender por que é capaz de fazer sexo praticamente a qualquer hora e em qualquer lugar. Acrescente-se a isso o tradicional incentivo para que “aproveite a vida” e a desaprovação da sociedade às mulheres ditas “promíscuas”, e vai ficar claro por que o sexo tem sido ponto de atrito entre homem e mulher.


POR QUE OS HOMENS NÃO CONSEGUEM RESISTIR?

1188813694É importante repetir mais uma vez que estamos sempre falando do que ocorre com a maioria sem desconhecer as exceções, que são em número variável. A entusiástica e impulsiva disposição do homem para o sexo tem uma finalidade clara: assegurar a continuidade da espécie humana. Para isso, como a maioria dos mamíferos, ele teve de evoluir com certas características. Primeiro, com o impulso sexual bem direcionado e concentrado. Assim, poderia fazer sexo praticamente em qualquer situação, mesmo sob a ameaça de possíveis inimigos, e sempre que houvesse oportunidade.

O homem precisava ser capaz de ter o máximo possível de orgasmos no mais curto espaço de tempo, antes que fosse atacado por predadores ou inimigos.

Precisava também espalhar ao máximo seu sêmen. O Kinsey Institute, nos Estados Unidos, líder mundial em pesquisa da sexualidade humana, concluiu que, sem as regras sociais, praticamente todos os homens seriam promíscuos, como foram em 80 por cento das sociedades pela maior parte da nossa história. Com o surgimento da monogamia, esse impulso biológico masculino passou a causar constantes problemas e é ainda hoje motivo de desentendimento entre os casais.


POR QUE AS MULHERES SÃO MAIS FIÉIS?

Na mulher, o hipotálamo é muito menor que no homem. Além disso, ela tem pouca quantidade de testosterona. É por isso que as mulheres, em geral, têm menos impulso sexual e são menos agressivas. E por que a natureza não fez da mulher uma ninfomaníaca insaciável para garantir a continuação da espécie? Por causa do longo período necessário para conceber e criar um filho até que fique auto-suficiente. Por uma boa parte dos nove meses de gravidez, a mulher restringe suas atividades físicas, e uma criança leva pelo menos cinco anos para se alimentar e se defender sozinha. Por essa razão, antes de ter um filho com um homem a mulher analisa cuidadosamente sua capacidade de providenciar comida e abrigo e de afastar os inimigos. O cérebro feminino é programado para encontrar um homem que se comprometa a dar assistência até que os filhos estejam criados. Isso se reflete nas qualidades que a mulher busca em um companheiro para um relacionamento estável.


MAIS SOBRE SEXO NO CÉREBRO

Segundo a revista American Demographics, em 1997 um grupo de pesquisadores estudou mais de 10.000 homens adultos e descobriu uma ligação entre impulso sexual e inteligência. De acordo com os resultados, quanto mais culto o indivíduo, menos sexo ele faz – ou tem vontade de fazer. Intelectuais com pós-graduação faziam sexo 52 vezes por ano, enquanto os que tinham apenas graduação universitária chegavam a 61 e os que tinham abandonado os estudos antes da formatura 59 vezes. Os que tinham empregos de 8 horas por dia – 40 horas por semana – faziam sexo 48 vezes por ano, contra 82 dos que trabalhavam mais de 60 horas por semana. Neste caso, provavelmente era a testosterona que determinava a diferença, dando mais disposição para o trabalho e para o sexo. Os que gostavam de jazz eram 34 por cento mais ativos sexualmente do que os que gostavam de música pop. Os amantes da música erudita eram os que menos faziam sexo.

No organismo masculino, a testosterona vem em ondas de cinco a sete vezes por dia. De manhã cedo, o nível é mais alto – o dobro de qualquer! outra hora -, exatamente antes de sair para caçar. Em média, o nível de testosterona é 30 por cento mais baixo quando anoitece e ele fica olhando o fogo. Uma vez, depois que demos uma palestra, um homem nos contou: “Minha mulher me acordou às seis da manhã cutucando as minhas costas com a ponta de um cabo de vassoura. Quando eu perguntei o que era aquilo, ela disse ‘E não é assim que você sempre me acorda?'”


MONOGAMIA E POLIGAMIA

Poligamia é quando um homem ou uma mulher tem dois ou mais parceiros ao mesmo tempo. Você já deve ter concluído que a espécie humana não é monogâmica por natureza. Com certeza, antes da difusão da ideologia judaico-cristã, mais de 80 por cento das sociedades eram poligâmicas, principalmente para garantir a sobrevivência. Aliás, até mesmo a própria Bíblia é atesta a natureza poligâmica do homem, quando narra histórias como a de Jacó, Abraão, David, Salomão e vários outros personagens que tiveram duas ou mais mulheres, algumas vezes até por mandamento de Deus, o que indica que nem Deus era contra a poligamia.

Na monogamia, o macho acompanha sempre a mesma fêmea, o que é natural em muitas espécies, como raposas, gansos e águias. Neste caso, o casal tem tamanho e aspecto físico semelhantes e a responsabilidade pela cria é compartilhada meio a meio. Nas espécies em que há poligamia, o macho é geralmente maior, mais colorido e agressivo e pouco se envolve com a cria. Entre os animais polígamos, o macho amadurece sexualmente muito depois da fêmea, evitando competição entre os mais velhos e os mais novos – e inexperientes –,que certamente venceriam. O macho da espécie humana tem as características físicas das espécies poligâmicas. Não há dúvida: o homem tem que travar uma batalha constante consigo mesmo para ficar com uma só mulher.


POR QUE OS HOMENS SÃO PROMÍSCUOS?

Onde é que o casamento se encaixa no estilo de vida de uma espécie animal em que o macho é biologicamente promíscuo? A promiscuidade está instalada no cérebro masculino, é uma herança da evolução. Através da história, os homens morreram em guerras e mais guerras. Assim, fazia sentido tentar de qualquer jeito aumentar a população. Sempre voltavam menos guerreiros do que tinham partido. Mas os sobreviventes tinham à sua disposição cada vez mais viúvas, criando um harém que servia muito bem à estratégia de preservação da espécie. O nascimento de meninos era saudado como uma bênção. Quanto mais homens, melhor para a defesa da comunidade. O nascimento de meninas era uma decepção. A tribo já tinha mulheres demais. E assim foi por centenas de milhares de anos. Como se não bastasse, o homem moderno ainda conta com um grande hipotálamo e altos níveis de testosterona para cumprir seu tradicional papel de reprodutor. Na realidade, o homem, como a maioria dos primatas e muitos mamíferos, não é biologicamente inclinado à monogamia.

A indústria do sexo é uma prova desta situação. Quase todas as imagens pornográficas na Internet, a prostituição e os vídeos eróticos são dirigidos ao público masculino, levando a uma conclusão: a maior parte dos homens consegue viver uma relação monogâmica, mas sua estrutura cerebral exige uma estimulação mental poligâmica. Mas é preciso ficar claro que, ao mencionar a inclinação do homem para a poligamia, estamos falando de tendências biológicas. Não estamos incentivando a promiscuidade nem fornecendo uma desculpa para a infidelidade. O mundo de hoje é completamente diferente daquele do passado e a biologia não raro contraria nossas necessidades e expectativas. O fato de uma coisa ser instintiva ou natural não quer dizer que seja boa. Os circuitos cerebrais da mariposa fazem com que se sinta atraída pela luz. Assim, pode voar à noite se orientando pela lua e pelas estrelas. Infelizmente, esse bichinho vive agora em um mundo completamente diferente daquele em que evoluiu. Hoje existem aparelhos que atraem e queimam mariposas e mosquitos. Seguindo seu instinto, a mariposa voa em direção à luz e é incinerada imediatamente. Conhecendo suas necessidades biológicas, o homem moderno pode decidir e evitar ser incinerado por fazer o que lhe parece natural.

Existe uma pequena parcela de mulheres tão promíscuas quanto os homens, mas com uma motivação em geral diferente. A maior parte das mulheres quer um relacionamento ou, pelo menos, a possibilidade de envolvimento emocional antes do sexo. Sem um freio, os homens, em sua maioria, mergulhariam em um poço sem fundo de transas uma atrás da outra, para garantir a sobrevivência da espécie. Uma pesquisa do American Health Institute com jovens de 16 a 19 anos chegou ao seguinte resultado: 82 por cento dos rapazes gostavam da idéia de participar de uma orgia com pessoas estranhas, mas, entre as mocinhas, somente dois por cento tinham a mesma opinião – as outras achavam a idéia assustadora. A mulher quer muito sexo com o homem que ama. O homem quer muito sexo.


O “EFEITO GALO”

O galo é uma ave incansável. Pode acasalar mais de 60 vezes em um só dia. Mas, com a mesma galinha, só cinco vezes. Na sexta, ele se desinteressa. E se chega uma nova galinha? Ele recomeça, com o mesmo entusiasmo. É o chamado “efeito galo”. O touro perde o interesse depois de copular sete vezes com a mesma vaca. Só recupera a disposição se lhe trouxerem outra. E mais outra… E com a décima o desempenho é tão bom quanto com a primeira. O carneiro não cruza com a mesma ovelha mais de cinco vezes, mas, se forem chegando outras, ele continua com a mesma vontade. E não adianta tentar disfarçar uma antiga parceira com perfume nem esconder a cabeça com um saco. Ele não se deixa enganar. Esse é o modo que a natureza tem de assegurar que o sêmen seja espalhado ao máximo, conseguindo um número maior de fecundações e garantindo a preservação da espécie.

Para o homem jovem e saudável, o número também fica em torno de cinco. Em um bom dia, é capaz de fazer sexo com a mesma mulher cinco vezes. A sexta é difícil. Mas apresente a ele uma outra mulher e, como os galos e os touros, seu nível de interesse (assim como certa parte de sua anatomia) sobe imediatamente. O apetite sexual masculino é tão intenso, que o dr. Patrick Carnes, do Sexual Recovery Institute, de Los Angeles, avalia em cerca de oito por cento o número de homens dependentes de sexo, enquanto o de mulheres não chega a três por cento.


POR QUE O HOMEM GOSTA QUE A MULHER SE VISTA COMO PROSTITUTA (MAS NÃO EM PÚBLICO)?

Mesmo em um relacionamento monogâmico, o homem adora novidades, como roupa intima sexy.

Mesmo em um relacionamento monogâmico, o homem adora novidades, como roupa íntima sexy.

O cérebro masculino precisa de variedade. Como a maioria dos mamíferos, o homem é programado para acasalar com o máximo possível de fêmeas. É por isso que, mesmo em um relacionamento monogâmico, o homem adora novidades, como roupa íntima sexy. Ao contrário de outros mamíferos, ele engana a si mesmo e finge que tem um harém ao ver sua mulher vestida com diferentes roupas sensuais. A maior parte das mulheres conhece o efeito que calcinhas e sutiãs provocantes exerce sobre o homem. Só não sabe o motivo. Na época do Natal, as seções de roupas íntimas das lojas de departamentos ficam cheias de homens que, muito sem jeito, andam entre as prateleiras, procurando um presente sexy para suas parceiras. Em janeiro, as mulheres formam filas nos balcões de troca. “Isso não é para mim. Ele quer que eu pareça uma prostituta!” Mas a prostituta é uma profissional especializada na venda de sexo. Fez uma pesquisa de mercado e atende ao gosto do freguês. Um estudo feito nos Estados Unidos apontou que as mulheres que usam uma variedade de roupas íntimas sensuais têm companheiros muito mais fiéis do que aquelas que preferem as bem-comportadas. Essa é uma das formas de adaptar ao relacionamento monogâmico a necessidade masculina de variar.

POR QUE AS MULHERES PRECISAM DE MONOGAMIA?

Embora o casamento, do ponto de vista legal, tenha se tornado um “tigre desdentado” nas sociedades ocidentais, ele ainda é o sonho da maioria das mulheres. Noventa e um por cento das pessoas se casam. Para a mulher, o casamento é uma demonstração pública de que ela é “especial” para um certo homem, que pretende ter com ela um relacionamento monogâmico, além de lhe dar segurança. A sensação de ser “especial” tem um efeito significativo sobre a ação química do cérebro feminino. Este fato foi comprovado por pesquisas que apontaram que a mulher tem de duas a três vezes mais orgasmos nos relacionamentos monogâmicos e de quatro a cinco vezes mais quando faz sexo na cama do casal.

Corre entre os mais velhos a crença de que os jovens consideram o casamento uma instituição superada. Em 1998, foram entrevistados 2.344 estudantes universitários de 18 a 23 anos, metade rapazes, metade moças, e se pôde ver que não é bem assim. Entre elas, 84 por cento, e entre eles, 70 por cento afirmaram que pretendem se casar algum dia. Somente cinco por cento dos rapazes e dois por cento das moças achavam o casamento ultrapassado.

Para 92 por cento das pessoas de ambos os sexos, a amizade é mais importante que o relacionamento sexual. A idéia de um casamento para o resto da vida agrada a 86 por cento das mulheres e a 75 por cento dos homens. Apenas 35 por cento dos casais dizem que os relacionamentos de hoje em dia são melhores que os da geração anterior. A fidelidade é muito importante para as mulheres, sendo que, entre as de menos de 30 anos, 44 por cento afirmaram que terminariam o relacionamento se descobrissem uma traição. Esse índice desce para 32 por cento entre as de 30 a 39 anos. A partir dos 40 anos, a percentagem chega a 28 por cento e cai para 11 por cento entre as de mais de 60. Daí se conclui: quanto mais jovem a mulher, mais intolerante com o homem que “pula a cerca”, e maior a importância da monogamia em sua escala de valores. É possível também que, para os casados há mais tempo, haja raízes no relacionamento que relativizem o impacto de uma infidelidade.

É essa diferença que os homens custam a entender. A maioria acha que uma aventura passageira não interfere no relacionamento. Para eles, sexo é uma coisa, amor é outra. Mas, para as mulheres, amor e sexo estão interligados. Um encontro sexual com outra mulher pode ser considerado uma traição imperdoável e um bom motivo para dar por terminado o relacionamento.


COMO OS HOMENS PODEM SEPARAR AMOR E SEXO

Quando a mulher descobre que seu companheiro tem um caso com outra, a primeira pergunta é: "Você ama aquela mulher?"

É difícil a mulher feliz no casamento ter um caso fora dele, mas para o homem é uma situação comum. Mais de 90 por cento dos relacionamentos começam por iniciativa do homem, mas 80 por cento acabam por iniciativa da mulher. Isso acontece porque, quando a mulher percebe que a relação é superficial, só física, na maioria das vezes “pula fora”. O cérebro masculino, dividido em compartimentos, vê uma coisa de cada vez: isola amor e sexo e lida com cada um em separado. O homem, então, se satisfaz com um relacionamento baseado em forte atração física – que absorve toda a sua atenção. A localização do amor no cérebro ainda não está bem definida, mas os estudos mostram no cérebro feminino uma rede de conexões entre o centro do amor e o centro do sexo (o hipotálamo), sendo que o primeiro tem que ser ativado antes do segundo. No cérebro masculino, parece não haver essas conexões, facilitando a separação entre amor e sexo. Para o homem, sexo é sexo e amor é amor. Às vezes, os dois acontecem juntos.

Quando a mulher descobre que seu companheiro tem um caso com outra, a primeira pergunta é: “Você ama aquela mulher?” Se o homem responde “Não, foi só atração física, nada mais”, é provável que esteja dizendo a verdade. O cérebro feminino não tem estrutura para entender ou aceitar uma resposta dessas. Para a mulher, sexo e amor andam juntos, e pior do que o ato sexual em si é o rompimento do contrato emocional e da confiança que tinha nele. Se ela tiver um caso e disser que não significou nada, provavelmente estará mentindo. Quando a mulher vai para a cama com um homem é porque tem uma ligação emocional com ele. Atenção: como sempre, estamos falando da maioria.

Para a mulher, amor e sexo estão entrelaçados. Um não anda sem o outro. Enquanto a mulher faz amor, o homem faz sexo.

Quando um homem fala em “fazer sexo”, pode estar se referindo apenas à parte física, mas isso não quer dizer que não ame sua mulher. Também pode ser que esteja querendo dizer “fazer amor”. E pode ser ainda que só queira mesmo sexo e esteja evitando usar o termo “fazer amor” para não enganar a mulher. Quando ambos entenderem as perspectivas um do outro e decidirem não julgar, essa vai deixar de ser uma pedra no caminho do relacionamento.